7.11.10

Dia 38 - Filme 38 - A Lista de Schindler



Olá, crianças!

Fim de semana perfeito aqui no 365Pipocas. Ontem trouxe um filme excelente pra vocês e hoje, mais um para completar, vencedor de 7 Oscar. Ah, e também com o Ben Kingsley, no papel de coadjuvante. E dá vergonha dizer que nunca tinha assistido à considerada obra-prima de Steven Spielberg.

"A Lista de Schindler" é um filme baseado na história real de Oskar Schindler, um empresário tcheco, que chega a Cracóvia (Polônia) em plena época de perseguição aos judeus, durante a Segunda Guerra Mundial.

Schindler é um mulherengo, que adora bebidas e festas, mas que sabe relacionar-se com as pessoas certas para se sair bem. Filiado ao Partido Nazista, Schindler quer usar uma antiga fábrica para ganhar dinheiro com a guerra, mas para isso precisa de empregados. O primeiro a ser escolhido é um contador judeu, Itzhak Stern (vivido por Gandhi, é, Ben Kingsley, perfeito, novamente).

E o que começa como uma estratégia para tirar proveito da guerra, vira uma obsessão controlada de Schindler em trazer cada vez mais judeus para trabalhar com ele e acabar ainda mais rico. Obsessão controlada porque ele sabe se relacionar, maquiando seu comportamento em defesa dos judeus.

Só que o plano começa a ir por água abaixo quando os nazistas resolvem esvaziar o gueto dos judeus em Cracóvia, levando-os para campos de concentração, deixando Oskar sem empregados, e de lá, algum tempo depois, para Auschwitz. Na primeira mudança, ele dá um jeito de não parar a fábrica. Mas, na segunda, Schindler literalmente compra a liberdade de 1100 judeus, todos relacionados em sua famosa lista.

Eu acho que o filme é um dos mais pesados em relação às cenas do Holocausto. A verdade é jogada na nossa cara de forma brutal e sem rodeios. Mas, isso não desmerece o filme de maneira alguma. Porque quanto ao Holocausto, acredito que verdade nunca é demais para que coisas assim NUNCA mais aconteçam. E eu já assisti a muitos filmes de Spielberg e agora concordo que é sua obra-prima.

Só como curiosidade, após a guerra, Schindler foi convidado a plantar uma árvore na Avenida dos Justos, no Museu do Holocausto em Jerusalém, ao lado de outros 100 não-judeus que ajudaram esse povo durante a guerra. Morreu pobre, mas foi enterrado no Monte Sião em Jerusalém, com honras de herói.

Nota: 5 popcorns. Não tem nem o que comentar mais.

Acho que muitos de vocês já assistiram ao filme. Então, escolhi a cena final do filme que tem uma música maravilhosa, onde os judeus de Schindler ainda vivos na época do filme, prestam uma homenagem a ele, visitando seu túmulo.



Eu achei tão lindo que procurei a tradução da música. Vai aí um pedaço.

Jerusalem of Gold (tradução)

O ar da montanha é límpido como o vinho
E o perfume dos pinheiros é carregado na brisa do lusco-fusco
Entre os sons dos sinos.

E no contraste de árvore e pedra
Capturado nos seus sonhos
A cidade assenta-se solitária
E no seu meio está o muro.

Refrão: Jerusalém de ouro, e de bronze, e de luz
Entre tudo isso sou um violino para todas as suas canções.

Como as cisternas secaram
O mercado está vazio
E ninguém mais freqüenta o Monte do Templo
Na cidade antiga.

E nas grutas na montanha
Os ventos estão contidos
E ninguém mais desce para o Mar Morto
Pelos caminhos de Jericó

Refrão: Jerusalém de ouro, e de bronze, e de luz
Entre tudo isso eu sou um violino para todas as suas canções.

Fonte: www.vagalume.com.br

Ficha técnica:
título original: The Schindler's List
ano de lançamento: 1993
direção: Steven Spielberg
roteiro: Steven Zaillian, baseado em livro de Thomas Keneally
produção: Branko Lustig, Gerald R. Molen e Steven Spielberg
música: John Williams
fotografia: Janusz Kaminski
elenco: Liam Neeson, Ben Kingsley, Ralph Fiennes, Caroline Goodall, Jonathan Sagall

Gente, adorei esse fim de semana aqui no 365. Espero que vocês também.
Ufa, esse post foi longo, hein? Mas, valeu demais!

bjoks e amanhã tem comédiaaaaaa!

5 comentários:

  1. Veja bem quem trabalha nesse filme!! A equipe só tem componentes da nata do cinema. É uma obra de arte e um manifesto do Spielberg, que iniciou inúmeros projetos para preservar a memória do Holocausto dos judeus, dos quais o filme é a parte mais visível. Entre os projetos, há um museu da Imagem e do Som com milhares de depoimentos de sobreviventes e parentes deles. Depois de ser acusado durante anos pela comunidade judaica de não fazer filmes "judeus", ele respondeu à altura, não?!

    Eu assisti esse filme ainda adolescente, quando estudava no Pré-Médico. Lembro que o Shopping Bougainville abriu sessões só para os estudantes dos colégios próximos a ele (Pequeno Príncipe, Marista e o meu). Já tinha visto o filme umas duas vezes e finalmente fui assistir numa dessas sessões. Me deu vergonha, e raiva, porque alguns idiotas riram nas cenas que mostram as pessoas nuas correndo nos campos... E eram alunos dos colégios mais caros de Goiânia!! Era um absurdo!

    Seu final de semana foi bom, hein?! Dois filmaços! :-)

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  2. Aline, não tem como não gostar desse filme né?
    O DVD que eu loquei tem dois discos e o segundo traz o documentário sobre o museu de Imagem e Som que você citou. Excelente também!

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  3. Coincidentemente, vivi algo bem próximo ao que a Aline contou. Ainda adolescente, assisti este filme por 2x no cinema e infelizmente tbém vi pessoas rindo de algo tão triste e chocante.

    Marina, filme excelente! Daqueles que não nos permitem sair ilesas.

    Bjs!

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  4. Meninas,

    Spielberg é um mestre do cinema e essa história tem que ser contada e conhecida por todos, para não corrermos o risco de vê-la se repetir...
    :-)

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  5. Nossa.... eu fiquei mal demais com este filme... eu lembro que no dia em que o assisti, eu chorei até com uma árvore que estava sendo cortada aqui na rua... muito triste... muito triste....

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