23.2.11

Dia 145 - Filme 145 - Bravura Indômita


Olá, Barbies e Kens ;)

Esse período de premiações está me deixando cansada. Só consigo ir ao cinema nas últimas sessões do dia, então, quando chego em casa já estou só a capa do Batman e mais uma vez a crítica fica para o dia seguinte. Mas, eu sei que vocês me perdoam, né?

Olhem comos as coisas são engraçadas. Eu na minha humilde vontade de assistir aos filmes indicados ao Oscar de Melhor Filme antes de domingo, nem me atentei em ler nada sobre "Bravura Indômita". Só sabia que era um faroeste dirigido pelos irmãos Joel e Ethan Cohen.

Fui na expectativa de que seria horrível, tendo em vista a minha opinião muito pública de que achei "Onde os fracos não tem vez", outro trabalho dos irmãos, um filme horrível e não merecedor do Oscar. Pronto falei! Mas, saí do cinema com outra opinião dos dois.

Bravura Indômita (2010) é a nova versão cinematográfica do livro "True Grit" de Charles Portis (autor americano de romances western). O texto também foi adaptado para o cinema em 1969, tendo John Wayne como astro principal, que venceu o Oscar de Melhor Ator no papel do agente federal Reuben Cogburn (a única estatueta desse tipo de sua carreira). Nesse novo Bravura Indômita, Jeff Brigdes assume o papel de Cogburn, um homem caolho, que não pergunta muito antes de atirar, que vive bêbado e sem dinheiro, mas considerado o melhor U.S. Marshall da região.

No início do filme, Cogburn é procurado pela jovem Mattie Ross, uma garota de 14 anos que está na cidade de Forth Smith, Arkansas (EUA) para resolver negócios pendentes de seu pai, que foi assassinado a sangue frio por seu capanga, Tom Shaney (Josh Brolin). Mattie faz uma proposta em dinheiro a Cogburn para que ele capture Shaney e dê a ela a chance de vê-lo enforcado em praça pública, pagando, assim, pelo que fez ao pai dela.

Contrariando as vontades de Cogburn, Mattie consegue ir junto com ele na missão. Os dois são auxiliados pelo Texas Ranger LaBoeuf (Matt Damon) que também está atrás de Shaney pelo assassinato de um senador no Texas.

Em paisagens maravilhosas, o trio enfrenta todos os tipos de adversidades: cansaço, frio, falta de abrigo, traições, cobras, homens mal encarados e balas, muitas balas. Cogburn e LaBoeuf se amam e se odeiam ao mesmo tempo, como uma dupla típica dos antigos faroestes. Eles fazem o que tem que ser feito, salvando a pele um do outro em meio a diálogos cheios de humor sarcástico. Mattie é uma garota sem papas na língua mesmo. Ninguém dá nada pela menina até que ela abra a boca e prove sua força e sua inteligência, numa época que mulheres não eram nada além de serviçais (da casa ou do sexo).

Não assisti à outra versão de 1969 e até ontem nem sabia que ela existia. Mas, gostei dessa versão. O elenco de peso prova que o bom e velho faroeste pode estar de volta, com destaque para o caricato e mal encarado Jeff Bridges. Mas, quem dá show mesmo são os irmãos Coen. Tiro o chapéu de cowboy para eles que oferecem um filme de peso, bem escrito, bem dirigido e com uma fotografia de tirar o fôlego.

Nota: 4 popcorns. Por ser um western, pode não agradar a todo mundo. E algumas partes são meio paradas. O maridinho não gostou muito. Mas, eu recomendo.

O bom de filme novo é que sempre achamos o trailer com legendas! Iupi!



Ficha técnica:
título original: True Grit
ano de lançamento: 2010
direção: Joel Coen, Ethan Coen
roteiro: Joel Coen e Ethan Coen, baseado em livro de Charles Portis
produção: Scott Rudin, Joel Coen, Ethan Coen e Steven Spielberg
música: Carter Burwell
fotografia: Roger Deakins
direção de arte: Stefan Dechant e Christina Ann Wilson
figurino: Mary Zophres
edição: Joel Coen e Ethan Coen
elenco: Jeff Bridges, Hailee Steinfeld, Matt Damon, Josh Brolin

Obs: O filme está na categoria "Como assim você nunca viu?" porque eu li a crítica postada pela minha amiga Carol no blog dela e deu muita vontade de assistir. Crítica da Carol: http://padawanonline.wordpress.com/2011/02/10/o-bom-e-velho-faroeste-esta-de-volta/

Amados,

daqui a pouco tem a crítica de hoje, dia do maridinho.

bjoks

4 comentários:

  1. Putz, Marina, tá bom demais o blog! Altas resenhas!! Eu adorei esse filme, sou mega fã de faroestes, depois de ter morado no Kansas e posso dizer que o sotaque deles, todo arrastado do midwest americano me bateu na saudade!!! Tanto eu quanto o maridão, nativo daquelas terras, nos debulhamos em lágrimas e risadas nos momentos engraçadíssimos do filme! Pra mim, a melhor parte é a que ele tenta atirar nas coisas e o Matt Damon fala que o sol deve estar nos olhos dele, ou melhor, no OLHO dele! Kkkk Eu quase pari de tanto rir!!! Coisa gostosa demais!!!
    Beijos, querida, e parabéns pelo trabalho!!!

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  2. Ah, essa história de capa do Batman... rsrsrs!! Tenta explicar isso para uma criança de 04 anos... RSRSS!!

    Bom, eu até que gosto de faroeste (não são todos!), mas não sei pq não quero ver esse filme... Acho que tem alguma coisa a ver com o título, e ser uma refilmagem (tenho dez pés atrás de refilmagens).

    A sua crítica me fez querer vê-lo, Mari. Eu também não sou fã dos Coen, mas eles são meio obrigatórios, né?! Tipo Wood Allen.

    :-)

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  3. Oi, Kju!!!!
    Que bom ver você por aqui, flor! Ótimo saber que o blog ta agradando! E o filme é bom mesmo, né? bjoks

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  4. Aline, acho que você vai gostar desse filme. Ta sendo considerado tão bom quanto o original, então dá uma chance pra refilmagem. E eu me surpreendi com os Coen, isso eu garanto. bjoks

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