17.3.11

Dia 168 - Filme 168 - A Vila


Olá, gatinhas e gatões!

Nessa quinta assisti a um filme que eu adoro, mas que quase ninguém curte. Do famoso e cada vez mais odiado diretor indiano, M. Night Shyamalan, "A Vila" é o meu filme favorito dele. Claro que gosto de "O Sexto Sentido", "Corpo Fechado" e "Sinais", mas A Vila tem alguma coisa que me faz gostar mais cada vez que eu assisto.

Uma comunidade vive em paz e harmonia, isolada do mundo, no final do século XIX, plantando e criando animais, utilizando apenas desses recursos para consumo. A vila tem um conselho formado pelos moradores mais antigos, responsável pelas principais decisões tomadas para a comunidade.

Apesar da constante harmonia, a comunidade vive com medo, pois o bosque ao redor da vila é habitado por criaturas malígnas, conhecidas como "aqueles que não mencionamos". Ninguém sabe ao certo o que são esses seres, mas os aldeões têm um pacto com eles de que os humanos da vila não ultrapassam os limites do bosque e as criaturas os deixam em paz.

Edward Walker (William Hurt), pai da bela e deficiente visual, Ivy Walker (Bryce Dallas Howard) é o líder da comunidade e professor da escola local. A viúva Alice Hunt (Sigourney Weaver) também faz parte do conselho e é mãe de Lucius Hunt (Joaquin Phoenix). Após a perda de um amigo por falta de cuidados médicos, quase inexistentes na vila, Lucius decide solicitar autorização ao conselho para ir a cidade mais próxima para conseguir remédios e recursos que poderiam melhorar a vida dos moradores. Sair da vila é proibido por conta das criaturas que vivem no bosque. Portanto, Lucius não tem autorização para ir à cidade.

Apaixonado por Ivy, Lucius tem sua vida ameaçada pelas mãos de Noah Percy, um rapaz que tem problemas mentais e também ama a moça. Com a tragédia, Ivy tem a missão de ir até a cidade para conseguir remédios, o que põe os conselheiros em conflito por não concordarem com a atitude de Edward, que autorizou a filha a desobedecer as regras. E é quando todas as verdades sobre a vila são reveladas.

"A Vila" é um drama com suspense e é extremamente inteligente. Faz com que pensemos o quanto estamos presos em nosso mundinho, tentando fugir dos problemas que nos cercam, cada vez mais nos tornando prisioneiros de nossas próprias casas. Eu amo esse filme. Os atores estão ótimos, a trilha sonora é excelente e o suspense deixa todo mundo grudado na tela. Muita gente acha que quando as verdades são finalmente reveladas, o filme fica bobo e infantil. Eu não concordo mesmo. Acho que nessa hora o diretor quis dizer que as pessoas acreditam naquilo que lhes entregam como verdade, tornando-se alienadas naquele universo de mentiras sem questionar, apenas replicando o que aprenderam. Posso estar enganada, mas entendo dessa forma e amo esse filme mesmo!

Nota: 5 popcorns. Tudo de bom: atores amarradinhos, roteiro tenso, música linda e ainda tem uma cena linda dos protagonistas declarando seu amor. Amooooooo!

Trailer "the book is on the table".



Ficha técnica:
título original: The Village
ano de lançamento: 2004
direção e roteiro: M. Night Shyamalan
produção: Sam Mercer, Scott Rudin e M. Night Shyamalan
música: James Newton Howard
fotografia: Roger Deakins
direção de arte: Michael Manson e Chris Shriver
figurino: Ann Roth
edição: Christopher Tellefsen
elenco: Bryce Dallas Howard, Joaquin Phoenix, Adrien Brody, William Hurt, Sigourney Weaver

Amorecos,

nessa sexta tem Dia das Crianças por aqui.

bjoks

Um comentário:

  1. Taí um filme que sempre tive medo de assistir. Não por detestar o diretor, mas por medo de ver, mesmo... rsrs!! Por exemplo, Sinais me deu um medão, e olha que eu assistia Arquivo X sozinha, hein?!

    Sério que as pessoas o detestam?? Eu não, gosto muito das histórias dele. O meu filme predileto dele é A Dama na Água. Pura mitologia!!

    Todas as histórias dele são sobre mudanças de ponto de vista, novas formas de interpretar a vida, novos paradigmas e alternativas para o modo enquadrado que nos ensinam a repetir. E eu adoro esse tipo de narrativa, que abre possibilidades. O jornalismo me incutiu isso, e eu venho mantendo esse alargamento de horizontes, que é o que ele propõe em todos os filmes.

    São lindos, delicados e reflexivos. Deve ser por isso que não fazem tanto sucesso quanto eu gostaria.
    :-)

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